Tabagismo provoca diversas doenças no organismo entre elas, câncer de boca, de laringe e de faringe.
Em 1987, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu a data de 31 de maio como o Dia Mundial sem Tabaco para alertar sobre doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer “José Alencar de Gomes da Silva” (INCA), órgão do Ministério da Saúde que coordena as ações de prevenção e controle do câncer e Centro colaborador da OMS para controlar do tabaco, é o responsável pela divulgação e comemoração da data de acordo com o tema estabelecido a cada ano pela Organização.
De acordo com o Inca, o tabagismo é uma das principais causas de mortes prematuras e incapacidades, e representa um problema de saúde pública, não somente nos países desenvolvidos como também em países em desenvolvimento, como o Brasil. O tabaco, em todas as suas formas, aumenta o risco de mortes prematuras e limitações físicas por doença coronariana, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer. Entre os tipos de câncer relacionados ao uso do tabaco incluem-se os de esôfago, estômago, fígado, pâncreas, bexiga, rim, colo de útero, pulmão, boca, laringe e de faringe.
Doenças bucais devido ao fumo
A boca é porta de entrada de inúmeros agentes traumáticos e frequentemente sede de lesões provocadas pelo fumo classificados em dois grupos: as de origem física e as causadas por agentes químicos. “O uso do tabaco, nas suas mais variadas formas, provoca alterações na mucosa bucal diretamente, e ainda predispõe os tecidos normais a se tornarem mais suscetíveis a estas adulterações”. Com o passar do tempo, o fumante altera sua mucosa provocando lesões e condições cancerizáveis.
O uso do fumo diminui a resistência imunológica dos tecidos bucais, provocando a diminuição ou inibição da produção de Anticorpos e de leucócitos polimorfonucleares, incremento de antígenos, provocando elevações significativas nos níveis do fator alfa de necrose tumoral, aumentando, desta forma, a possibilidade de desenvolvimento dos processos inflamatórios e de tumores.” Assim podemos explicar o aumento de processos inflamatórios periodontais, como doenças bucais bem como candidíase, leucoplasia, carcinoma epidermoide, e também alterações em outros órgãos como traqueia, laringe, pulmões, bexiga, entre outros, representadas, principalmente, por lesões malignas. Não podemos deixar de colocar neste rol, a hipertensão arterial e as doenças ca
AS RESPONSABILIDADES DO CIRURGIÃO-DENTISTA
O Cirurgião-Dentista hoje é reconhecido como médico da boca, cuidando não só de aspectos estéticos e funcionais, mas também da integridade dos tecidos bucais de maneira geral, preocupando-se com a prevenção tanto quanto da restauração de estruturas dentais comprometidas por cárie. A Odontologia participa ativamente da prevenção das doenças em geral e do câncer em particular. As faculdades de Odontologia cuidam da matéria câncer bucal em várias disciplinas nos cursos de graduação e pós-graduação; as entidades de classe promovem campanhas frequentes de prevenção do câncer, tendo sempre como tema principal os males do vício de fumar e assim estão convencidos dos danos que o tabaco causa no organismo humano como um todo e na boca em especial.
O profissional de Odontologia deve prevenir diagnosticar e verificar eventuais fatores que podem estar relacionados ao câncer bucal como uso do fumo e de álcool. Ficar atento a qualquer alteração em seus tecidos como mudança de coloração, feridas, inchaços, áreas dormentes, placas brancas, áreas vermelhas e enegrecidas, dentes com mobilidade sem causa aparente, reabsorções ósseas sem causa aparente e, depois, auxiliar no tratamento, minimizar e cuidar das sequelas do tratamento, e controlar eventuais recidivas.