Sou fumante: posso fazer implante?
Sim, mas não é muito indicado. O tabagismo pode prejudicar a cicatrização adequada de um implante dentário contribuindo para o seu insucesso, além de originar o câncer de boca e doença periodontal( na gengiva).
As chances de não haver sucesso na colocação de implantes em pacientes fumantes é o dobro do que numa pessoa que não fuma. Os fumantes apresentam mais placa bacteriana do que não-fumantes ( um dos motivos seria que cuidam menos da higiene oral que os não fumantes ) e registram a questão de a defesa do organismo ser menor, já que a nicotina prejudica a irrigação sanguínea em volta dos dentes, dificulta a cicatrização após cirurgias, aumenta a perda do osso alveolar (que é aquele osso que fica em volta dos dentes) e diminui em muito a chance de um enxerto ósseo dar certo.
O correto para quem fuma é suspender por completo o hábito de fumar, mas para quem quer colocar implantes o ideal é que a pessoa suspenda o uso do cigarro uma semana antes da colocação dos implantes e mantenha suspenso por 2 meses, que é o período principal para a cicatrização do osso em volta dos implantes. Pode parecer irreal para quem fuma todo dia, mas biologicamente é o ideal.
Sangramento gengival transmite doença?
A boca, se mal cuidada, pode ser a porta de entrada de muitas doenças com sérias complicações para todo o organismo. Hábitos saudáveis e a correta higiene bucal são condições essenciais para prevenir enfermidades periodontais inflamatórias como gengivite e periodontite.
A primeira se caracteriza pela coloração “vermelho vivo” e pode apresentar sangramento espontâneo ou ao toque da escova e/ou fio dental. Se não for tratada, a gengivite pode evoluir para a doença periodontal ou periodontite, ou seja, começa a ocorrer a destruição do tecido ósseo que envolve os dentes e estes começarão a amolecer e mudar de posição. Uma vez formado o tártaro (mineralização da placa bacteriana), o paciente não conseguirá removê-lo com a escova e o fio dental. Portanto, somente o dentista conseguirá sanar o problema. Pessoas com problemas periodontais são mais susceptíveis à formação do tártaro devido ao tipo de saliva, alimentação ou flora bacteriana.
Além dos problemas bucais, as bactérias envolvidas na doença periodontal podem vir a afetar o coração (endocardite bacteriana), vias respiratórias e trato gastrointestinal, que são infecções de grande porte e de tratamento com medicação antimicrobiana.